A novela "Gaara Hiden: Ilusão na Tempestade de Areia" (Gaara Hiden: Sajingensō), autoria de Ukyō Kodachi, foi lançada em 04 de Junho de 2015 no Japão. O livro contém 210 páginas.
Os capítulos da novela serão traduzidos para o português a medida do possível. A tradução para o inglês foi realizada por cacatuasulphureacitrinocristata. Você pode ler o quinto capítulo abaixo. Para ver outras partes do livro acesse aqui.
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Capítulo Cinco - Encontro Casual
Tudo neste mundo faz parte de um par.
Homem e mulher, noite e dia, yin e yang, sombra e luz. Existem seres que vivem no espaço entre esses pares. Esses seres são os shinobi.
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Em vez disso, pradaria seria uma palavra mais precisa do que deserto. Havia árvores baixas crescendo aqui e ali, um sinal revelador de que essa área foi abençoada pela chuva. Pode ser uma visão sombria para pessoas de outros países, mas para aqueles que nasceram no deserto como Gaara e outros, qualquer lugar que simplesmente tivesse chuvas era como um paraíso. No horizonte, você podia ver de relance uma floresta verde escura. Em resumo, isso significava que as pessoas que moravam lá eram abençoadas com muita água e não odiavam o sol como se fosse um demônio encarnado. Shigezane e Hakuto estavam segurando as mãos um do outro, encarando o nascer do sol que se aproximava no horizonte. Era quase como se eles estivessem procurando um futuro esperançoso à frente daquele nascer do sol. Devo apenas fechar os olhos? Por um momento, esse pensamento entrou na cabeça de Gaara. Mas, no frigir dos ovos, Gaara era o líder de Sunagakure. E ele não conseguia parar de ser o líder deles.
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Ele se absteve de fazer um ataque surpresa por respeito a Hakuto. "Gaara-sama?!" A voz de Hakuto estava confusa e também tinha traços de culpa. "Hakuto, volte." Disse Shigezane, dando um passo à frente. O rosto dele não parecia tão composto quanto da última vez. Como deveria ser. Eles haviam percorrido todo o caminho até a fronteira sem interrupções. E depois nas ruínas houve a escaramuça com a areia movediça. Seu corpo não aguentava tudo isso. Gaara não o tinha visto tão disforme. Um shinobi que passou pelos dedos do Kazekage não podia ser visto dessa maneira. Gaara pensou o quanto ele se arrependia de não ter encontrado seu talento antes. "Você tem habilidades magníficas. Como Kazekage, sinto muito orgulho de você. Você não tem intenção de voltar para Sunagakure?" Ele não estava pretendendo ajudar o inimigo com sua própria agenda. Esses eram os verdadeiros sentimentos de Gaara. Do fundo do coração, ele pensou que o talento de Shigezane era precioso. E tem mais, Gaara viu o olhar resoluto nos olhos de Shigezane e entendeu que ele não pretendia matar um alvo por dinheiro como o grupo de assassinos de antes. "Estou honrado em ouvir isso." Disse Shigezane enquanto produzia shuriken de Liberação de Água na palma da mão. Então essa foi a resposta dele. Bem, então é isso, pensou Gaara. Shigezane era esse tipo de homem, e era por isso que as coisas tinham chegado a esse ponto. "Gaara-sama!" Hakuto estava caminhando em direção a eles, parece que ela não aguentava mais isso. "Hakuto?!" "Gaara-sama, por favor, de alguma maneira, pare o que está fazendo!" Os olhos de Hakuto pareciam desesperados. Como Naruto, naquele dia. "Shigezane é meu..." "Você não precisa dizer isso." Disse Gaara, cortando Hakuto. Até Gaara entendeu que o relacionamento entre Hakuto e Shigezane era o de homem e mulher. A trama pode ter sido elaborada por outra pessoa, mas os dois envolvidos nesse esquema estavam em um relacionamento. Da mesma maneira que Gaara teve a própria vida, Hakuto também teve a dela. Você não pode aprender sobre a vida de uma pessoa em apenas um ou dois dias. "Shijima e o resto não foram atacados com força total. E Shijima não foi morta. Suas pegadas na areia enquanto seguia Shigezane estavam limpas e nítidas. Todos esses sinais apontam para o fato de que você sabia que seria 'sequestrada'." Gaara decidiu fazer o papel do bandido. "Eu não sei quem o instigou, mas eles moveram as peças durante a reunião de casamento. Você deveria assumir o papel de minha noiva aos olhos do público e depois fugir. Seria um grande golpe contra a autoridade do Kazekage. Hakuto, que nunca havia saído das terras do Clã Houki, fugiria com Shigezane do Clã Houki, e desapareceria. Essa é o plano geral, não é?" "Por que você viria atrás dela já que sabia tudo?" Shijima foi quem fez essa pergunta. "Eu te disse." Gaara disse a ela: "Eu sou o 'Kazekage'. Não posso ser outra coisa senão isso." "......" "Eu poderia agir ou não agir como a Senhorita do Clã Houki, isso não é a mesma coisa.", disse Hakuto. Seus olhos estavam molhados quando ela olhou para Gaara. Não era mentira que ela se importava com ele. Só que ela se importava com o homem ao seu lado, Shigezane, ainda mais. "Para que eu pudesse deixar o lugar em que nasci e cresci, para poder ser livre, não tive outra escolha a não ser sua parceira de casamento. Peço desculpas por usar você. Mas..." "Deixe o pedido de desculpas." Disse Gaara, a areia saindo de sua cabaça. Era um sinal de que ele estava pronto para lutar. "Não tenho intenção de interferir no seu romance." Disse Gaara, "Nós não concordamos com o noivado. Apesar de parecer publicamente que sim. Eu não sou alguém com o direito de amarrá-la. Contudo..." A areia da cabaça de Gaara se transformou em uma espada. "Não posso fechar os olhos aos shinobi que abandonam sua aldeia." Disse ele, "Os shinobi que usam seu poder sem seguir a lei... acabarão, eventualmente, prejudicando mais e mais pessoas." Isso era um fato para Gaara, a partir de sua experiência pessoal de combate contra os terroristas da Akatsuki. Um único shinobi poderia destruir uma fortaleza, uma cidade inteira, se quisesse. Foi por conta desse fato que os shinobi evitaram a coexistência com a sociedade. Não, no final, eles não tiveram escolha a não ser coexistir. E foi por isso. "Agora... eu estou indo atrás de você!" Disse Gaara. "Venha." Shigezane respondeu. A terra sob seus pés estava cheia de pedrinhas. Seu oponente não podia produzir areia movediça. No entanto, Gaara também não podia se dar ao luxo de usar técnicas grandes e chamativas. Ele não podia permitir que essa luta fosse notada pelo público. Se ele usasse ataques chamativos em áreas muito amplas, naturalmente, chamaria atenção desnecessária dos shinobi estrangeiros desta região. Em poucas palavras, ambos estavam deficientes. Uma lâmina de água perfurou a escuridão em sua direção. Mas Gaara já havia estudado sobre essa técnica. "É inútil." Ele disse a Shigezane. O escudo de areia de Gaara desviou completamente o ataque ou o absorveu. Não importa quanta água você tenha, a água não é superior à areia. Da mesma maneira que um canal subterrâneo não pode regar o deserto. As tempestades de ataques de água de Shigezane continuavam desaparecendo na frente de Gaara. O olhar triste que Hakuto tinha toda vez que acontecia não o machucava. "Não há nada que a areia não possa fazer", disse Gaara, diminuindo a distância entre ele e seu oponente. Se ele chegasse perto, ele deveria pôr um fim nisso com o taijutsu. Ele engrossou seu escudo, avançou, e foi naquele momento... Um dardo de água, particularmente enorme, foi lançado em sua direção. Gaara girou o corpo para o lado. "!" Uma dor ardente percorreu o lado de seu corpo. O dardo de água rompeu seu escudo de areia e o atingiu de raspão. Eu não pensei que ele estava nesse nível...! Shigezane não foi a primeira pessoa a perfurar a Defesa Absoluta de Gaara. No entanto, ele podia contar o número de pessoas que haviam conseguido penetrar com tanta precisão. "Por quê...!? Como você conseguiu desviar...?!" Parecia que Shigezane estava muito confiante naquele jutsu. Sua voz estava confusa. A razão pela qual esse tipo de palavras poderia sair da boca de Shigezane era que, por mais que fosse um mestre na Mineração de Metal, suas habilidades não eram de um soldado. Essa era a diferença primordial entre Gaara e Shigezane. Isso não significava que um modo de vida era melhor que o outro, mas era um fator decisivo no que se refere à sobrevivência dos mais aptos no campo de batalha. "Foi Hakuto." Disse Gaara. "Hã...?" "Eu estava olhando nos olhos de Hakuto." "O que você está dizendo?!" O tom de Shigezane estava tingindo de confusão e ciúme. Bem, isso era natural. Mas Gaara não estava olhando para os olhos de Hakuto por qualquer resquício de sentimento ou arrependimento. Shinobi são aqueles que lutam no campo de batalha enquanto observam, observam e analisam todas as informações. "O olhar nos olhos de Hakuto mudou quando você lançou o último dardo. Parecia ter medo da minha morte. Para ela sentir isso, embora soubesse do meu estilo de luta, ela acreditava que seu jutsu, Shigezane, derrotaria minha Defesa Absoluta." "Então foi assim que você evitou uma ferida fatal...!" Shigezane parecia marcadamente admirado. "Eu sou o Kazekage." Disse Gaara, "O vento e a areia que correm sobre este deserto não podem ser capturados por ninguém...!" Gaara avançou como um deus da morte que assumiu a forma humana.
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"Entendo." Toujuurou ouviu o relatório de Maizuru e deu uma risada de satisfação. Ele pensou que Kankuro poderia ter notado que algo estava acontecendo quando ele fez alterações no plano, mas não parecia que ele tinha notado algo. Que irônico, o shinobi que Gaara havia treinado e ascendido para reconstruir Suna puxaria o tapete sob seus pés. A doce ironia deixou Toujuurou muito satisfeito.
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"Já imaginava isso", disse Gaara, evitando outro dardo de água deslizando para o lado. Como ele sabia que o dardo de água estava sendo apontado para seu corpo, tudo o que ele precisava fazer era garantir que ele não ficasse parado em lugar algum. O nível de taijutsu de Gaara permitiu que ele fizesse isso. Claro, Shigezane também estava jogando os dardos de água esperando que Gaara os evitasse dessa maneira. Mas nenhum de seus arremessos atingiu o alvo. Isso graças à sua areia, que foi esticada e esparramada pelo chão, e com isso Gaara pôde sentir o movimento da água no subsolo antes que ela rompesse acima. Se você soubesse de onde o ataque iria sair, também poderia prever onde ele poderia cair. Contanto que ele escapasse rapidamente com algumas fintas, tudo ficaria bem. Gaara se aproximou. Mais próximo. Evitou um dardo de água. Evitou outro. Mais próximo. Ele saltou pata trás. E pulou para frente novamente. Avançar, esquivar, avançar, esquivar esquivar esquivar, avançar, avançar, deslizar, pular, correr, esquivar, avançar novamente, pular para trás, virar-se, pular para frente, avançar, avançar mais, desviar de um ataque, esquivar, mais próximo, mais próximo, evitar, desviar...! "Gaara-sama, por favor, pare!" Gritou Hakuto. Ele não podia dar ao luxo de parar. Ele não deveria parar. Ele não conseguiu parar. Para manter o que ele era, ele não podia mudar seus princípios. Gaara jogou uma lâmina de areia em direção ao homem amado por uma mulher que ele não se importaria de casar. "Ah, mas!" Uma corrente de água rompeu na forma de um dardo debaixo dos pés de Shigezane, junto com um grito estridente de batalha, "Se for à queima-roupa, acho que...!" O dardo de água se dividiu em vários outros dardo. Ele não podia evitá-los. Mas o escudo de areia de Gaara desviou cada um desses dardos. Desta vez, Gaara havia usado a Liberação de Magnetismo que ele herdara de seu pai. Seu escudo tinha fragmentos de metal em sua composição, que o permitiram desviar dos dardos. Gaara sabia que os segredos do seu escudo de areia haviam sido expostos. Uma de suas contra medidas para compensar essa fraqueza era a técnica do seu pai. Ele não tinha usado até agora, mas quando fez, usou a Liberação de Magnetismo de seu pai junto com a areia que sua mãe lhe dera para fazer seu atual escudo. "Quê..?!" "Meu princípio é agir antes de me gabar", disse Gaara. Uma espada de areia se estendia para fora de seu escudo, apoiada contra a nuca de Shigezane. "Teorizei sobre como você conseguiu atravessar meu escudo", disse Gaara, "Mas não tive tempo de confirmá-la. De qualquer maneira, o fato de você ter conseguido rompê-lo é algo digno de elogio." "Pego o cálcio hidratado e as rochas vulcânicas da água do subterrâneo e as misturo com o dardo de água. Quando ele bate contra sua areia, transforma a areia em concreto, e assim, posso romper seu escudo", disse Shigezane, com uma mistura de orgulho e inveja na voz, "É uma técnica que o Quarto Kazekage inventou, e para..." "É uma técnica que meu pai inventou para me matar?" "...Verdade. No final, ele nunca a usou, pois uma solução mais eficiente foi encontrada com a Liberação de Magnetismo, mas..." "......" Gaara não tinha mais intenção de condenar seu pai. O potencial perigoso de um jinchuuriki era interminável. Era natural preparar um jutsu para detê-lo, caso eles se enfurecesse. Chamas eram úteis, mas você tinha que preparar a água, para o caso de um incêndio. Gaara e os outros jinchuuriki eram como chamas sencientes. "Se fosse o antigo eu, provavelmente me mataria. Mas você não pode matar o eu atual com isso ..." "Por quê?" A voz de Shigezane estava partir o coração, parecia que ele estava arrancando o sangue de seu coração. "Você está dizendo que a linhagem do Kazekage é especial? O chakra do jinchuuriki e o chakra de nós humanos normais são tão diferentes assim? Você está dizendo que, por mais que tentemos, aqueles de linhagem fraca não têm o direito de serem felizes?!" "O sangue não tem nada a ver com isso." A voz de Gaara era quente como a areia e fria como a areia. Era verdade que no mundo shinobi havia muitas situações em que as linhagens significavam tudo. A técnica que Gaara acabou de usar para derrotar a técnica de Shigezane, a 'Liberação de Metal', é uma dessas situações. A Liberação de Magnetismo foi uma kekkai genkai que ele herdou de seu pai e, se ele não tivesse os genes para isso, ele não seria capaz de usá-la. Foi usando essa kekkai genkai que Gaara conseguiu mudar a natureza de sua areia e se defender do ataque que transformaria sua areia em argamassa. Não era algo que ele poderia dizer que tinha dominado, mas foi mais do que suficiente para ganhar quando duas artimanhas inteligentes estavam frente a frente. Mas pegue Haruno Sakura de Konoha, por exemplo. Ela não veio de uma linhagem incomum, mas sua força a transformou em uma shinobi extraordinariamente grande. De fato, havia um grande número de pessoas normais que, polindo suas técnicas ou apenas com força bruta, haviam conseguido superar os oponentes. Gaara tinha visto muitas pessoas que se baseavam apenas em sua linhagem sanguínea, e ainda sim, eram incapazes de produzir resultados satisfatórios. Os irmãos que eram excelentes shinobi, Gaara, Temari e Kankurou eram poucos em número. E não foi resultado da sorte, mas resultado do trabalho duro deles. Então, mais do que qualquer outra coisa... "Linhagens são correntes que prendem pessoas como eu ou Hakuto. Elas não são uma bênção." Disse Gaara, "Shigezane, você já não sabe disso?" "Isso é..." "...Eu nunca quis esse poder." Disse Gaara, "O que eu queria era o poder de ser amigo de alguém como um igual. O que eu queria era o poder de passar um tempo com minha família. Pessoas como você, que não nasceram na linhagem Kazekage, que não criaram um jinchuuriki... De onde eu estou, vocês que são os escolhidos especiais." Ele havia falado honestamente com o coração. O próprio Gaara também não entendeu por que acabou dizendo tudo isso. Ela achava uma cortesia comum lutar honestamente contra alguém.
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"Assumimos o controle do departamento de comunicações."
"A estação dos trens elétricos está sob controle. Desligo."
"A Sexta Oficina de Armas Ninja foi tomado. Desligo."
Vários monitores foram colocados ao redor de uma sala escura, mostrando a situação, enquanto os jovens shinobi liderados por Kankurou, lentamente, assumiam locais importantes em Sunagakure.
As coisas estavam progredindo mais rápido do que Toujuurou esperava.
Mas Toujuurou não atribuiu isso aos excelentes jovens shinobi.
Em vez disso, ele estava delirantemente orgulhoso, pensando que tudo se devia ao plano que ele havia elaborado.
"Agora, tudo o que resta é...!"
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"Pode ser verdade que... as pessoas normais são as escolhidas. No entanto, sacrifícios são necessários para obter a felicidade." Disse Shijima atrás dele.
Gaara podia sentir indícios de que ela estava se preparando para atacá-lo.
Ele não ficou surpreso.
Como eu pensava, era a única coisa que lhe passava pela cabeça.
"Pare o que você está fazendo."
Gaara sabia desde o início que Shijima havia ajudado Hakuto e os outros na fuga.
Os guardas não foram mortos. E a orientação de Shijima os levou a armadilha da areia movediça. Se ele pensasse mais, havia muitas outras evidências a serem encontradas.
Mas, mais do que qualquer coisa, ele sabia a verdade sobre Shijima, ela era a irmã mais velha de Hakuto.
"Gaara-sama, prepare-se." Disse Shijima.
"Você não será capaz de me derrotar com suas técnicas." Ele disse a ela.
"Com certeza." Concordou Shijima. Ela largou os houshuriken. Eles rolaram pelo chão com baques secos e ásperos. "Se é um jutsu que eu preciso, então, eu sei qual."
Shijima levantou a mão até a altura dos óculos.
"!" Gritou Shigezane, "Shijma, não faça isso!" "I-Isso... Você não pode fazer isso, irmã!" O tom das vozes de Hakuto e Shijma mudaram. Era muito provável que Shijma estivesse prestes a usar uma técnica que arriscaria sua vida. Não, não é uma técnica. Algo mais básico que colocaria sua vida em risco... O doujutsu! Shijima tirou os óculos. O rosto bonito e descoberto de Shijima estava a mostra, sem nada para ocultá-lo. Ela se parece com alguém. Gaara finalmente percebeu com quem Shijima se parecia. Ela parecia com Yashamaru. O homem que criou Gaara como se fosse seu pai. O homem que Gaara amava mais do que qualquer outra pessoa, e que recebeu ordem de matá-lo, exatamente, por esse motivo. O rosto de Shijima parecia com o de Yashamaru, naquele momento crítico. Estava cheio da mesma esperança, resignação e outra coisa que Gaara ainda não entendia. Os olhos dela estavam abertos. Aqueles olhos não eram humanos. Eles eram um redemoinho de nada, que brilhava em sete cores prismáticas. Seu controle sobre o doujutsu era caótico por causa das medidas artificiais colocadas em seus canais de chakra. Foi a marca de seu crime, alterar artificialmente seu corpo no passado para se tornar algo desumano, semelhante ao outros subordinados de Orochimaru e Sasuke. Meu corpo... está febril...! Era muito mais forte do que ele esperava. Gaara sentiu que sua consciência estava sendo puxada pelas raízes por aquele redomoinho vazio. Areia rolou ao redor dele. Estava indo além do escopo de controle de Gaara. Não, talvez isso estivesse além do controle de chakra de sua mãe, embutido na areia. Mas mesmo assim, Gaara não desfez a lâmina de areia que segurava na garganta de Shigezane. Se ele o deixasse agora, tudo teria sido em vão. "Nesse ritmo...!" Disse Shijima, "O meu chakra e do Gaara-sama ficarão completamente fora de controle, e nós morreremos por conta da força de nosso jutsu...! Esse é o meu último poder...!" "Você poderia chamar isso de uma espécie de presente de despedida de Orochimaru, hein?" Respondeu Gaara. A ativadora do jutsu, Shijima, parecia estar com muito mais dor do que Gaara. Gaara já havia morrido uma vez. Ele estava acostumado a dores físicas. Dor física não era o que assustava ele. Era a tristeza que assustava. As sete cores da niilidade refletidas nos olhos de Shijima pareciam lágrimas para Gaara. "Você pretende morrer por sua irmã?" Perguntou Gaara, sua voz estava calma no fim. Não era que ele não sentia dor. Todo o seu corpo estava envolto em dor, como se todos os canais de energia estivessem sendo arrancados, como se seus dentes estivessem sendo arrancados sem anestesia. Ele estava desesperadamente sobrecarregado com seu corpo febril, como se o seu chakra estivesse preste a explodir. Mas Gaara era o 'Kazekage'. Mesmo que eles fossem nukenin, ele não poderia se permitir e fazer algo tão feio quanto lamentar de dor na frente de seus subordinados. "Se eu... não tivesse sido enganada por Orochimaru..." Respondeu Shijima, "Se minha irmãzinha não tivesse sido forçada a se tornar a chefe do clã, ela não teria sido colocada em uma posição onde tivesse que desistir do seu amor...!" "Então, por que", Perguntou Gaara, "Você não me matou na caverna?" "!" Por um momento, o doujutsu foi perturbado.
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Era natural que ele fizesse essa pergunta a Shijima.
Naquela ocasião em que Gaara apagou, Shijima deve ter pensado inúmeras vezes em lhe dar um golpe mortal.
Embora a defesa de Gaara funcionasse enquanto ele dormia, se Shijima tivesse ativado seu doujutsu, ela seria um oponente mais que suficiente para ele, mesmo se ele estivesse acordando. Mesmo que ela não pudesse lhe causar um ferimento fatal, ela poderia machucá-lo o suficiente para tornar sua missão de resgate impossível.
Só poderia haver um motivo para ela não ter feito isso.
Shijima, provavelmente, viu Gaara chorar enquanto dormia.
Se um jovem arriscou sua vida para salvá-lo, e lágrimas caíram de seus olhos enquanto ele estava inconsciente em seus braços, é claro que você não poderia matá-lo.
Matá-lo seria contrário ao último princípio shinobi que Shijima acreditava.
Foi por isso.
"Porque esse é o meu jeito ninja." Respondeu Shijima.
"Entendo."
Gaara estava contente com essa resposta.
Outras pessoas poderiam chamar isso de grotesco, mas para Gaara, a Shijima que havia sacrificado seu próprio corpo por uma causa era algo bonito de se ver.
O fato de alguém tão nobre como ela, tanto quanto Naruto, ter nascido na Vila de Sunagakure, fez Gaara pensar que todos os seus esforços como Kazekage não foram em vão.
Porque em sua aldeia, havia uma pessoa que se sacrificaria por outra pessoa.
Shinobi não são mais máquinas que realizam missões.
"Nesse caso, seus princípios não devem ser distorcidos."
Gaara enrolou a areia que ele havia colocado sob os pés de Shijima. Ele envolveu seu corpo, restringindo-a.
"De jeito nenhum...!" Ofegou Shijima.
Gaara virou-se para a contida Shijima e estendeu a mão esquerda.
"Desde que nasci, sempre vivi com medo de que Shukaku assumisse minha consciência e lutei contra isso constantemente. Comparado a todos os outros shinobi do mundo... Eu tenho mais prática em manter minha consciência."
Um breve vislumbre do abundante chakra que estava dentro de Gaara havia despertado.
Shijima finalmente entendeu quem ela enfrentou em batalha.
Da mesma forma que o vento não poderia ser estocado, o Kazekage não seria dominado novamente.
Nunca mais. Por ninguém mais.
"Isto é um adeus."
A lâmina de areia de Gaara brilhou como uma agulha.
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A Vila de Sunagakure estava silenciosa como a morte.
Ninguém notou os shinobi escondidos nas sombras.
Agora tudo o que restava era Kankurou dar o sinal.
"Kankurou-sama." Amagi estava murmurando no ouvido de Kankurou, como se ele não aguentasse mais ficar em silêncio. "Senhor, isso é realmente o que você quer?"
"O que você está dizendo?" Perguntou Kankurou, "Você não tinha a mesma opinião que os outros?"
"Eu sei mais." Amagi balançou a cabeça levemente. "Você foi quem me ensinou que os shinobi devem suportar. De qualquer jeito, o que estamos fazendo pode não ter volta."
Kankurou se perguntou o que deveria dizer, mas decidiu apenas dar uma risada tensa.
As coisas que ele estava pensando em sua cabeça não eram simples o suficiente para serem faladas em voz alta.
Não foi fácil dizer em voz alta as coisas que ele pensava. Ele não queria pensar que tinha ficado velho, ao dar um sermão para alguém quando essa pessoa finalmente de um passo certo por conta própria.
"Vai ficar tudo bem."
"Senhor?"
"Bem, deixe comigo." Disse Kankurou. Ele engoliu as palavras: deixe para Gaara.
"U... ugh..."
Sangue jorrou pelo deserto.
Gotejamento, gotejamento, caiu, manchando o chão ressecado do deserto.
"Gaara... sama...?!" Hakuto também ficou surpresa. E isso não foi uma surpresa.
Gaara não tinha perfurado Shijima com sua lâmina de areia.
Ele perfurou uma pequena protuberância de areia que estava atrás dela.
Foi a partir dessa protuberância que o sangue estava jorrando no ar.
"Por que... você sabia que eu estava... lá..." A pessoa que se arrastou para fora da areia e disse isso com uma voz de dor não era outra senão um dos irmãos que atacaram a reunião de casamento: Metoro.
Todo o seu corpo estava coberto de bandagens e ele estava sofrendo, com uma lesão fatal, mas Metoro ainda estava vivo.
Muito provavelmente, depois daquele queda, ele fingiu sua morte e seguiu Gaara pelo deserto, a fim de se vingar e limpar sua honra.
"Eu sabia que você estava me seguindo", disse Gaara, "Eu não queria que você soubesse que eu sabia."
Espalhando a areia durante a pausa, e antes, espalhando a areia junto com suas grandes técnicas enquanto lutava com Shigezane, as duas eram para esse fim. Por ser capaz de sentir as coisas através de sua areia, Gaara conseguiu identificar a localização de Metoro, enquanto observava Gaara, Hakuto e o outros.
Então, há pouco tempo, Gaara decidiu que, em vez de esperar Metoro lançar um ataque surpresa, seria melhor se ele o perfurasse enquanto fingia estar dominado pelo doujutsu de Shijima.
"Foi Toujuurou que instigou você?" Perguntou Gaara.
O corpo de Metoro se agitou com um sobressalto. Isso foi uma resposta suficiente.
O taciturno shinobi parecia ter percebido que fora ele quem foi atraído para uma armadilha.
"Então, era ele afinal", disse Gaara. "Ele pretendia instigar Hakuto, me afastar da vila, inventar algum escândalo e depois, premeditadamente, me matar. É exatamente o que um ancião pensaria."
"Vou me vingar... do meu irmão...!" Metoro continuou, persistentemente, tentando mover o corpo.
Ele soltou um grito quando a areia de Gaara o envolveu.
Ele ainda estava sob a influência do doujutsu de Shijima, por isso, estar no controle era difícil. Mas quando se tratava de implodir sua areia e esmagar alguém, não era preciso muito esforço.
Em um instante, o corpo de Metoro desapareceu sem um osso deixado para trás.
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"Ah, ah..."
Depois de testemunhar algo tão perturbador diante de seus olhos, Shijima, Hakuto e Shigezane perderam o espírito de luta.
Era isso que o Kazekage era.
Ele enfrentou dois oponentes jounin, além disso, ele sofreu o doujutsu de Shijima enquanto estava ferido e, no meio de tudo isso, ele matou outro jounin escondido.
Seu talento, sua força, sua experiência de luta. Ele os excedeu em tudo.
Com quem escolhemos lutar?
Quando o amanhecer se aproximava, sob o céu do deserto, Gaara era a personificação exata de um deus da morte em forma humana.
Gaara pegou o óculos sujo de Shijima no chão, ele limpou e colocou de volta no rosto.
A areia que continha Shijima afrouxou-se, e ela se soltou.
Então, ela voltou para Hakuto e Shigezane.
"Gaara-sama..."
Hakuto e Shigezane não tentavam mais esconder seus sentimentos. Eles deram as mãos, olhando Gaara com expressões de que esperavam o pior.
"..."
Areia envolveu lentamente o casal.
"Pare, por favor, pare!" Shijima se agarrou ao corpo de Gaara. "Já é... o vencedor da batalha, isso já está claro. Também não há ninguém assistindo."
"Eu te disse, Shijima." Respondeu Gaara, "Eu não posso fechar os olhos para nukenin. E Hakuto e Shigezane não querem voltar para a vila."
E, mais do que tudo, Gaara não queria que Hakuto retornasse à vila e se tornasse um pássaro enjaulado novamente, muito menos ser forçado a se tornar sua esposa.
Não era porque ele pensava que ela era uma pessoa má.
Pelo contrário.
Por ser o contrário que Gaara não conseguiu engolir a ideia de forçá-la a voltar.
"As pessoas que são engolidas pela minha areia... não tem osso algum deixado para trás." Disse Gaara, "O Funeral da Cachoeira de Areia (Sabaku Sousou) envia as pessoas para o outro lado sem o menor dó."
Sua areia começou a se envolver em torno deles, mas...
"Ser íntegro e nunca voltar atrás com nossa palavra. Esse é o nosso jeito ninja...!"
Isso era verdade.
A promessa de Gaara de proteger Hakuto não era uma mentira.
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"Ah..."
Naquele momento, Shijima viu claramente:
Hakuto estava sorrindo.
Sua irmãzinha estava sorrindo como se ela fosse libertada.
Não foi porque ela desistiu.
Foi porque ela tinha fé.
A mesma coisa aconteceu quando ela, Shijima, decidiu não matar Gaara.
Hakuto tinha visto algo quente dentro dos olhos de Gaara.
Aqueles olhos que fizeram as pessoas confiarem nele.
E então, naquele dia, tudo o que Shijima teve que fazer foi despedir-se de sua irmãzinha.
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Toda a Vila de Sunagakure já estava sob o controle dos subordinados de Kankurou.
Toujuurou ficou muito, muito satisfeito com os relatórios que chegavam dos monitores e sistemas de comunicação. Ele estava assentindo satisfeito consigo mesmo.
"Tudo bem, e agora, tudo o que resta... Maizuru. Vá e prenda Kankurou."
"Perdão?" Como esperado, Maizuru pareceu surpreso.
"É óbvio, não é? Não podemos deixar o líder de um golpe escapar." Disse Toujuurou, "Prendê-lo e exilar o resto dos membros do Clã Kazekage. E então, depois disso, só precisamos fazer de você o Kazekage, e a reforma estará completa."
"Você enganou Kankurou-sama?"
"Não é novidade para um shinobi tirar truques da manga. Às vezes, você também precisa enganar seus aliados. Embora, nesse caso, você realmente não possa me chamar de aliado... De qualquer forma, esse é um papel adequado para um titereiro antiquado como ele."
"Não é justo?"
De repente, o corpo de Maizuru desmoronou.
Seus membros, seu pescoço, seu abdômen, todos desmoronaram e caíram no chão junto com suas roupas.
"O que..." Touujuurou gaguejou, "O que... o que..."
"O que é isso, você pergunta?" Uma voz relaxada saiu da escuridão. Uma forma se movia nas sombras.
Rosto branco. Marcações vermelhas.
Kankurou. "Im-impossível", Toujuurou ficou atordoado. Os monitores mostravam claramente que Kankurou estava assumindo controle do escritório do Kazekage. Mas o Kankurou na frente dele não era um genjutsu. Ele não deveria estar aqui. Não importa quantos anos ele tenha, eles não seriam capazes de enganar os olhos de um jounin. "Obviamente, não é um genjutsu", disse Kankurou. "Marionetes...?!" "Bingo." Kankurou deu um amplo e malicioso sorriso. "Graças aos relatórios do grupo de expedição à lua, tive muitas idéias novas. Eu usei fios muito finos para serem enxergados por olhos humanos, e enganei você com uma técnica de manipulação de marionetes de longa distância. Nunca houve um shinobi chamado Maizuru. Você estava conversando com minha marionete esse tempo todo. Graças a isso, pude coletar muitas evidências e provas sobre você." "Um jutsu que eu não conheço... você diz...?!" Toujuurou estava recuando. Ele estava sentindo algo que havia esquecido há muito tempo: medo. "En-então Gaara também...?" "Obviamente, ele sabia disso desde o início". Disse Kankurou, "Se ele não sabia, como você acha que eu poderia ter feito esse vídeos falsos?" "Falso...!? Então, é um ninjutsu...?" "É mais ciência e tecnologia do que um ninjutsu. Embora tenhamos que usar um raio para alimentá-lo." Disse Kankurou, e então, estalou os dedos com um toque teatral. Amagi apareceu por trás dele e conteve Toujuurou. "Quanto às suas forças no oásis", continuou Kankurou, "Temari me contatou para avisar que Baki as esmagou completamente. Em uma palavra, acho que você poderia chamar isso de xeque-mate, hein?" "Os tempos mudaram... é o que é." Toujuurou de coração partido abaixou a cabeça. Ele não conseguiu admitir. O tempo passou e as pessoas mudaram. Um ninjutsu que ele não sabia que tinha sido criado, shinobi que ele não sabia que tinha nascido. Isso aconteceu porque ele era velho. "...Eu não vou resistir." Disse Toujuurou, "Eu entendo agora." "Entende o quê?" "Que Sunagakure está indo em direção a um novo futuro. Eu sempre ficava olhando para as costas do Kazekage anterior, então, nunca notei como vocês estavam crescendo atrás de mim... Eu pretendia preparar Gaara o Kazekage e manipulá-lo, mas foi assim que tudo acabou... Mas sabe..." Toujuurou ergueu os olhos bruscamente, ardendo por dentro, "Um dia, você também sentirá o aguilhão do tempo passando. Um dia, novos shinobi vão superar você também." "Bem, você sabe", Kankurou bateu com uma mão nas costas de Amagi, com um sorriso grande e orgulhoso em seu rosto. "Estou realmente ansioso por isso!"
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Eles eram todos subordinados de Toujuurou. Cada um deles tinha a intenção de atentar contra a vida de Gaara. E cada um deles havia se curvado à terra graças à espada de Baki. Pensar que Gaara se fingiria de idiota na minha frente para criar uma armadilha... Ele não ficou nem um pouco zangado por ter sido deixado no escuro. Pelo contrário, ele estava feliz. A era estava realmente mudando. Quarto... parece que meu trabalho finalmente acabou. Baki começou a considerar seriamente a antiga oferta que as pessoas lhe faziam, assumir o posto de conselheiro.
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"Finalmente." Respondeu Gaara. Shijima também reconheceu o rosto do shinobi de Konoha. Ela viu a foto dele em documentos. Nara Shikamaru. Ele era o noivo da irmã de Gaara, Temari. Não é preciso dizer que ele foi o destinatário da carta que Gaara confiou a Temari. "Que problemático..." Shikamaru resmungou, "Você chama as pessoas para ajudá-lo em tudo. Parece que eu consegui um irmãozinho problemático." Shikamaru coçou a testa, com o rosto tão relaxado que você nunca pensou que ele era uma autoridade na Aliança Shinobi. Shikamaru foi quem salvou Temari na batalha durante a reunião de casamento de Gaara. Ele também recebeu a carta de Gaara de Temari e começou a fazer os preparativos. Também não foi preciso dizer que a carta de Gaara havia antecipado o problema e pediu sua ajuda. "Você estava vigiando minha reunião de casamento desde o início, não estava?" Gaara respondeu, "Então, isso nos deixa quites, irmão mais velho." "Tch..." Shikamaru deve ter se contido muito durante sua vigilância oculta, porque ele pegou um cigarro e começou a fumar. "O nukenin Shigezane atacou e matou a Senhorita Hakuto. Você Gaara, matou Shigezane em troca e lamentou a perda da Senhorita... Bem, será suficiente se mantivermos a história assim." "Seu raciocínio rápido tem sido muito útil." "É uma história comum", disse Shikamaru, exalando. A fumaça branca do tabaco subiu para o céu da manhã. "No minuto em que ouvi de Temari o que estava acontecendo, imaginei que algo assim pudesse ser a causa." "O Funeral da Cachoeira de Areia (Sabaku Sousou) não deixa nada para trás, nem os ossos. Isso, junto com seu testemunho sobre o que você viu 'acontecer', irmão, garantirá que ninguém conteste isso." Disse Gaara, "...E, depois disso, se dois novos shinobi aparecerem em Konoha, isso não teria nada a ver comigo." "Definitivamente não". Shikamaru respondeu às palavras de Gaara com um sorriso largo. "Ah..." Shijima parecia que estava próxima das lágrimas. Ela podia ver as duas pessoas se movendo sob a areia de Gaara. A areia estava envolvida em volta deles para escondê-los da vista de todos. "Esta é uma velha tática evasiva", disse Gaara, "Estou um pouco envergonhada que você pôde vê-la". "Estratégias devem ser usadas quando as circunstâncias exigirem", respondeu Shikamaru. "Não há ninguém no Clã Houki que tenha visto o rosto de Hakuto sem maquiagem, então, isso não será um problema. Teremos que mudar um pouco a cara de Shigezane." "Sendo assim, vamos deixar isso para Hakuto." "Verdade." "E se você puder, leve Hakuto até minha irmã... para ver Temari. Os costumes e modos de vida em Konohagakure e Sunagakure são diferentes. Hakuto vai se sentir aliviada por ter alguém que ela conhece por perto." "Eu já entendi. Eu não vou errar agora, você sabe." Disse Shikamaru, rapidamente se virando. Essa era a maneira dele de dizer 'deixe tudo para mim'. "Vamos, Shijima." Disse Gaara. "Eh..." Shijima não sabia como responder. Eu sou uma traidora, então, não vou ser apagada? Não importava o que fosse, esse pensamento não foi apagado da cabeça dela. Não era que ela não confiasse em Gaara. Só que ela não conhecia um mundo onde os traidores se safavam, ela, sinceramente, não sabia como se comportar em relação a Gaara. "......" Gaara olhou o estado de Shijima por vários segundos e depois coçou a cabeça como se estivesse preocupado. De repente, ele notou que Shikamaru estava constantemente esgueirando-se em sua direção e de Shijima, com um sorriso estranhamente satisfeito no rosto. Parece que ouvir bisbilhotices o deixava curioso. Gaara suspirou e continuou falando. "O que há de errado? Você cumpriu sua missão", disse ele, "Retornando ao oásis antes do amanhecer." "Isso está tudo bem?" "A 'verdade' é o que acabamos de falar agora a pouco. Se eu me livrasse de você aqui, isso iria contradizer essa 'verdade'." O tom de Gaara não era frio. Em vez disso, suas palavras foram calorosas. "Sunagakure também precisa de shinobi como você a partir de agora." "...Sim, senhor." Shijima tirou os óculos, curvou-se com os olhos fechados e, mais uma vez, olhou na direção dele com seus olhos selados. "A partir de agora, eu gostaria de servir o Kazekage, se eu pudesse. Arriscarei minha vida." "Eu vou confiar em você." Gaara disse isso como resposta e saltou adiante. Shijima também saltou adiante, seguindo-o. Depois de assistir os dois partirem entre nuvens de poeira, Shikamaru mostrou um olhar satisfeito quando ele começou a romper a barreira de areia que escondia Hakuto e Shigezane, para que os dois pudessem sair.
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Os três irmãos estavam de pé em uma colina com vista para Suna, vigiando a vila que finalmente recuperara sua serenidade. Processando o alvoroço ocorrido após o golpe de maneira bastante tranquila. Kankurou ordenou que seus subordinados suprimissem qualquer outro ancião que simpatizasse com Toujuurou, de certa forma, parecia que uma infecção havia sido removida. Depois disso, Gaara havia cumprido, silenciosamente, a lei da vila. Toujuurou e os outros ganharam novos nomes e foram expulsos do centro da vila. "Cara, eu realmente quero dormir." Havia bolsas sob os olhos de Kankurou que não tinham nada a ver com a maquiagem dele. Ele passou seu tempo após o falso golpe dando ordens aos subordinados. "Você não vai dizer algo parecido com o Shikamaru?" Perguntou Temari. O rosto que Kankurou fez foi tão hilário que Temari apontou para ele e soltou uma risada. Gaara também deu um pequeno sorriso. Algo nos rostos sorridentes dos três irmãos era parecido. Linhagens podem ser correntes que prendem as pessoas. Mas eles também criavam laços. Mesmo se eles se separassem, ainda eram irmãos, e ele estava ganhando um novo irmão. E em pouco tempo, um sobrinho, uma sobrinha, ele poderia conviver com novos membros da família. "Vocês nunca mudam, não é?" Observou Gaara. "Tch." Kankurou resmungou. "Fufu, poderia ser." Respondeu Temari. Houve muitas coisas que mudaram. Mas também houve coisas que não mudaram. Como o deserto, Gaara pensou. O vento soprava constantemente no deserto em que ele nascera, criando novas formas o tempo todo. Mas ainda era o deserto. Gaara acreditava que eles seriam assim também.
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Eles suportam absurdidades. Eles suportam dificuldades. Eles continuam brigando. E os shinobi prevalecem nas circunstâncias mais impossíveis. Mesmo que espadas caiam sobre eles, seus espíritos nunca desaparecem. Isso foi duradouro. Isso foi um shinobi. E isso foi Gaara. E era por isso que, a partir de agora, o vento que soprava sobre Sunagakure era sempre gentil. |
Nota Finais: Primeiro, o 'aliado inesperado' que salvou Temari no capítulo três, que no momento pareceu ser Shijima, porque, segundo a própria, Temari disse a ela para ajudar Gaara, foi na verdade Shikamaru. Ele estava secretamente observando a reunião de casamento.
Segundo, a carta que Gaara confiou a Temari foi para Shikamaru. Foi por isso que ela fez o comentário "Você conseguiu entender algumas coisas, não é?", porque ela sabia que Shikamaru estava na reunião.
Terceiro, o comentário que Gaara fez sobre ter que "...enganar um aliado de confiança" referia-se a Baki. Porque Gaara estava tramando com Kankurou durante o tempo todo.
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